Ola
pessoal,
E
assim se inicia a 2º parte das minhas crônicas em Manaus.
Acompanhamento do
transporte rodoviário de cargas de projeto.
Cheguei
em Manaus no dia 17 de abril de 2016, peguei o carro e fui para o hotel deixar
minha mala, logo em seguida me dirigi ao pátio onde os equipamentos estavam
armazenados. Ao chegar notei que o equipamento já estava posicionado e peado sobre
a linha de eixos.
Assim meu trabalho inicial foi fazer a inspeção na linha de
eixos e na peação, para verificar se tudo estava em condições satisfatórias
para oferecer segurança durante o transporte.
O
equipamento utilizado para o transporte rodoviário deste equipamento foi uma
linha com 12 eixos da transportadora Transpesa Della Volpe, com capacidade de 45 tons por eixo, totalizando uma capacidade
para suportar carga de até 540 toneladas. O equipamento em questão pesa 100
toneladas, portanto no quesito capacidade, esta linha atendeu com bastante
folga.
Realizei
uma inspeção na linha de eixos para avaliar a sua condição estrutural,
possíveis vazamentos hidráulicos, pneus, sistemas de freio, sistema de
estabilidade, qualificação dos operadores e do motorista do cavalo mecânico
(Cabine), que iria rebocar esta linha de eixos.
Para
segurar/pear o equipamento sobre a linha de eixos foi feito o uso de correntes de
aço com capacidade para 10 toneladas cada, todas elas foram aplicadas no
equipamento em pontos e ângulos estratégicos a fim de manter a peça estática,
durante os movimentos o qual a linha realizaria no transporte.
Após
tudo verificado e aprovado aguardamos o horário estabelecido pelo órgão
regulador de transito de Manaus para seguirmos viagem. À 01:00 hora em ponto
iniciamos a transporte rodoviário, além dos carros da Manaus Trans fechando as
vias para que a linha pudesse passar, havia batedores e o carros do pessoal
envolvido nesta operação. Imaginem só, foi uma verdadeira carreata rsrsr.
O
translado foi rápido, apesar de termos feito duas paradas durante o trajeto
para que os operadores pudessem nivelar a linha para ela passar em ruas com
inclinações laterais e a minha checagem na peação, esta “aventura rodoviária”
durou aproximadamente 2 horas. Assim que estacionamos a linha dentro do
canteiro de obras, as equipes foram dispensadas para descasarem e retornarem as
08:00 horas, quando estava marcado a descarga do equipamento da linha de eixos.
Devido
ao horário curto para descansar todos nós envolvidos nesta operação decidimos
por fique por lá mesmo, eu deitei o banco do carro e tirei um cochilo, a equipe
de transporte dormiu no cavalo mecânico e os responsáveis pela obra dormiram em
seus respectivos escritórios.
As
07:30 h começamos os preparativos para a descarga, primeiro foi montado os
contra pesos no guindaste móvel de capacidade para 500 tons, depois foi
conectado o material de lingada nele (Spreader, Grommets, Cabos de aço e
Manilhas), e por fim a retirada das correntes de peação.
Próximo
ao meio dia o equipamento foi descarregado e armazenado no canteiro de obras da
usina. Assim que a linha foi liberada retornamos para o pátio de armazenagem
para carregar o 2º equipamento.
Como
vocês puderam observar nas fotos da postagem anterior (Carga de Projeto parte
1), os equipamentos estavam armazenados sobre patas de elefantes (suporte que
sustenta e mantém uma carga elevada), assim o processo inicial foi de manobrar
a linha sob o equipamento.
Após
estar posicionada e centralizada corretamente, foi feita a elevação da linha
para que as patas de elefantes pudessem ser removidas. Na sequencia iniciamos a
peação do equipamento sobre a linha na mesma quantidade de correntes e
configuração da anterior e ao terminarmos ficamos no aguardo do horário da
liberação para o translado.
Desta
vez a liberação para o transporte rodoviário foi as 22:00 horas e assim
terminamos o translado e entregamos o equipamento no canteiro de obras da usina
mais cedo e toda a equipe que estava já 24 horas online puderam descansar por
mais tempo.
E
assim termina a 2º parte desta crônica, serão 16 equipamentos como estes, mas a
principio acompanharei somente estes dois, geralmente a seguradora pede para os
inspetores acompanharem os primeiros e se estiver tudo dentro dos procedimentos
nós não há necessidade de ficarmos.
Mas
não fiquem tristes, pois ainda haverá a 3º parte desta crônica, lembram que eu
mencionei na postagem anterior sobre a chegada de um Gerador e uma Turbina?
Pois é, eles já chegaram e na próxima falarei sobre eles... Aguardem...
Só
mais uma coisa antes das fotos, já retornei de Manuas e na ultima terça-feira (26/04), estive no porto de Santos, onde acompanhei a descarga
de módulos parecidos com estes, sendo que em dimensões e peso bem menores (Mais coincidências rsrs)
É isso aí pessoal #VidadeMarineSurveyor
É isso aí pessoal #VidadeMarineSurveyor
Cavalo Mecânico utilizado o reboque da linha de eixos |
Linha de eixos |
Módulo estivado sobre a linha de eixos, pronto para o transporte |
Módulo armazenado sobre patas de elefantes |
Inicio do carregamento, linha de eixos entrado sob o equipamento |
Linha de eixos posicionada e pronta para suspender o equipamento |
Peação feita com correntes, no formato "Sistema" |
Parada durante o transporte para nivelar a linha de eixos |
Linha de eixos nivelada e seguindo com os operadores ao lado |
Transporte e o pessoal envolvido acompanhando tudo de perto |
Entrega do módulo no canteiro de obras |
http://app.vc/cronicas_de_um_marine_surveyor
Até á próxima!!!
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