Olá,
Lembram-se daquela mega operação que acompanhei em Foz do Iguaçu? O carregamento de dois equipamentos para uma balsa? Não? Então vocês precisam ler o artigo deste atendimento: Load-out Reator e Condensador Foz do Iguaçu
Desta vez eu participei do “Load-in”, ou seja, da “Descarga” (Contraditório né? Mas o ponto de referencia é o solo). Então retomando o assunto, eu acompanhei a descarga de quatro equipamentos que vieram de balsa do porto de Nueva Palmira no Uruguai e foram deslocados dela por meio de linhas de eixos.
Para fazer esta operação acontecer foi necessário realizar uma serie de etapas que antecederam a chegada destes equipamentos:
1° Etapa – Mobilização de todo material e pessoal envolvidos;
2º Etapa – Montagem de um píer de ferro com as configurações exatas da proa da balsa, esta estrutura de ferro foi construída sobre uma rampa de concreto que já havia sido construída e utilizada no recebimento de equipamentos anteriores;
3º Etapa – Chegada e vistoria das linhas de eixos e reboques que foram utilizados no transporte rodoviário destes equipamentos.
No dia 20 de Novembro, apos se passar dois dias aguardando, toda a equipe envolvida nesta operação se encontrou à margem do rio, pois havíamos recebido a informação de que a balsa finalmente estaria chegando.
Por volta das 10:00 horas à balsa finalmente chegou. Todos que estavam presentes ficaram muito felizes quando ela começou a se mostrar após uma curva que o rio faz há uns 300 metros do local onde estávamos. A alegria era por que sabíamos que agora sim era só uma questão de tempo para estas “Belezuras” estarem em solo.
Após estar atracada, iniciamos o posicionamento das rampas da balsa sobre o píer. A nossa primeira tentativa foi frustrada, pois o rio começou a encher rapidamente e por isso tivemos que retirar o munck que estava posicionando as rampas e aguardar que o rio baixasse. Esta espera durou por 3 horas, o nível do rio subia e descia rapidamente, para vocês terem uma noção em 30 minutos o nível baixou e subiu três vezes.
Logo que o nível do rio baixou reiniciamos a operação, entramos com as linhas de eixos e as posicionamos sob os equipamentos, os quais vieram estivados sobre patas de elefantes. Estando corretamente posicionados, as linhas de eixos foram acionadas deixando os equipamentos suspensos, assim permitindo a peação dos mesmos sobre as linhas de eixos.
Pronto! Com os equipamentos devidamente peados iniciamos a retirada deles da balsa. Mas vocês acham que a operação foi rápida? Não foi não, após a saída do primeiro equipamento o nível do rio baixou muito e tivemos que mais uma vez paralisar a operação.
Na madrugada do dia 21 de Novembro finalmente o rio voltou a um nível propicio para a nossa operação e desta vez sim, a operação foi relativamente rápida, pois os equipamentos já estavam todos peados sobre as linhas de eixos. Às 06:00 horas a ultima linha de eixo foi retirada da balsa.
Daí vocês me perguntam: O que um Surveyor faz em uma operação como esta, se existe uma grande equipe para montar píer, operar linha de eixo, fazer peação etc...
Minha resposta: Antes de tudo começar, antes mesmo do carregamento destes equipamentos no local de origem é feito um minucioso estudo e dele é gerado um procedimento para ser seguido por todas as partes envolvidas.
O principal papel do Surveyor é estudar os procedimentos referentes á sua etapa de atuação e fazer com que estes sejam cumpridos, além de preparar um relatório técnico dizendo e ilustrando como foi toda a operação.
Agora vejam algumas fotos deste belo trabalho.
Balsa se aproximando do pier |
Equipamentos estivados sobre a balsa |
Parte do pier submerso |
Linha de eixos sendo posicionada sob o equipamento |
Movimentação já em terra |
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